Fundaj promove conversa sobre câncer de mama e diagnóstico precoce
Foto: Reprodução internet
Uma a cada oito mulheres, no mundo, desenvolverá o câncer de mama ao longo da vida. No Brasil, a estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) é de que o número de novos casos alcance a marca de 66 mil apenas em 2020. Sem causa determinada, o melhor tratamento é o acompanhamento médico especializado. Por isso, a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) promove um bate-papo com a coordenadora do Centro de Mama do Imip, a mastologista Isabel Cristina Pereira, e a coordenadora de radiologia da mesma unidade, Ana Clara Miranda. O encontro será transmitido via YouTube, nesta quinta-feira (29), às 10h.
“Prevenir é melhor que remediar. Pensando assim a Coordenação-Geral de Planejamento e Gestão de Pessoas, juntamente com a Assessoria de Comunicação, tem realizado palestras para alertar servidores, colaboradores e público em geral quanto aos perigos da doença e a importância do diagnóstico precoce”, celebra a coordenadora de Planejamento e Gestão de Pessoas da Fundaj, Mary Ann Pimentel.
Com o tema “O que é importante saber sobre o câncer de mama”, as especialistas abordarão como acompanhar a saúde mamária, os passos para realizar exames complementares de diagnósticos e as opções de tratamentos. De acordo com a coordenadora, o câncer de mama é o segundo mais frequente em mulheres, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma, exigindo ainda mais atenção com a idade. “Aos 60 anos o risco é maior que aos 40, assim como aos 100 é maior que aos 80. Quando falamos em tratamentos precoces, falamos em opções cirúrgicas e tratamentos complementares menos invasivos, bem como melhores condições de controlar o câncer e deixá-lo no passado.”
Mastologista há 32 anos, Isabel assegura ser uma das especialistas mais antigas ainda em atividade no Estado. Nesse tempo, ela foi peça fundamental na estruturação do Centro de Diagnóstico de Tratamento do Câncer de Mama (Cema), no Imip, localizado na Boa Vista, bairro central do Recife, que atende a pacientes pelo SUS. “O Outubro Rosa teve início em 1990, enquanto o serviço de mastologia no Imip começou em 1988, dois anos antes. A importância do mês é chamar a atenção das mulheres para esse grave problema de saúde pública. No entanto, ‘o meu ano é rosa o ano inteiro’ e cada mulher deveria ter um mastologista para chamar de seu”. Atuando no SUS há 32 anos, Isabel Cristina Pereira sabe que nem sempre essas pacientes conseguem acompanhamento periódico com especialistas, ao contrário das pacientes que usam a saúde complementar (convênios) e acabam tendo mais chances de detectar e tratar precocemente o câncer da mama.
“O importante é acompanhar as mamas ao longo do tempo para ter mais condições de dar um diagnóstico precoce, que é a chave do sucesso no tratamento. É muito importante que a mulher seja acompanhada independente de sintomas, porque se formos esperar sinais — sejam eles nódulos palpáveis, retrações e abaulamentos — seguramente a paciente terá um diagnóstico tardio. É sempre importante reforçar que cabe ao mastologista o diagnóstico das doenças mamárias”, afirma.
Coordenadora da Radiologia, Ana Clara Miranda, aponta a importância dos exames complementares de diagnóstico, ou simplesmente exames de imagens, como a mamografia, a ultrassonografia, a ressonância magnética e biópsias. Ela lembra a importância do suporte profissional e apoio emocional dos parentes aos pacientes. Mestre em Saúde da Mulher, ela avaliou os aspectos emocionais vividos por pacientes desde o primeiro contato até a apresentação dos resultados. “É um momento difícil e o estudo destacou a importância do apoio”, conta. Também, por isso, a Isabel defende o contato prévio com o profissional.
“Ela consegue assimilar melhor [a consulta e resultados] do que quando não conhece seu médico. Se ela instituiu uma relação de confiança, fica mais fácil o tratamento da doença. Na cabeça das mulheres, o câncer é uma sentença de morte, quando a gente sabe que não é”, aponta a médica. Sem causas conhecidas, ela explica que não há uma prevenção efetiva. “Ao contrário do que as pessoas pensam, só em 10% dos casos é que há antecedentes familiares. Por isso, a importância do acompanhamento periódico, que garante a detecção precoce. Mas há pilares para melhorar a imunidade, como uma dieta orgânica, livre de conservantes e BPA (agentes carcinogênicos), atividade física e saúde emocional. “Também é muito importante ser feliz”, conclui.
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