Gleide apresenta propostas para o custeio das Políticas de Acolhimento aos órfãos do feminicídio de Pernambuco
Nove meses após apresentar um projeto para a criação de uma Política Estadual de Proteção e Atenção Integral aos Órfãos e Órfãs do Feminicídio, que foi sancionado no começo do ano, e de articular junto ao Governo Estadual para a criação da Casa de Acolhimento, Abrigamento e Apoio Psicossocial aos filhos e filhas do feminicídio, a Delegada Gleide Ângelo apresenta uma série de projetos de lei que visam a criação de uma série de mecanismos de financiamento para a execução das políticas públicas voltadas aos órfãos do feminicídio.
Assim, a parlamentar apresentou três projetos que buscam inserir entre os programas sociais financiados pelo Fundo Estadual Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS) e do Fundo Estadual de Assistência Social (FEAS), o apoio, acolhimento e abrigamento de meninos e meninas cujas mães tenham sido assassinadas em circunstâncias de violência de gênero. “Estou trazendo essas propostas, porque não basta apenas criarmos as ações, mas também é preciso enxergar além e viabilizar ferramentas que possam subsidiar a execução dessas políticas públicas”, esclarece a deputada.
De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Defesa Social do Estado, entre janeiro e março deste ano, 18 mulheres foram vítimas de feminicídio. No último mês de março, ao menos nove mulheres foram vítimas de crimes provocados por questões de gênero. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 80% dos casos de feminicídios ou tentativas deste tipo de crime registradas em todo país, as vítimas eram mulheres mães cujos filhos já haviam testemunhado algum tipo de violência praticada contra elas.
“O Estado precisa se fazer presente na reconstrução da vida destas crianças e jovens que são vítimas colaterais da violência de gênero. Já que, em grande parte dos casos, encontramos a família nuclear destruída: a mãe assassinada e o pai preso ou em fuga. Nada pode reparar a perda de uma mãe vítima de um crime bárbaro como o feminicídio, mas todos nós precisamos fazer nossa parte, enquanto Estado e enquanto cidadãos, para minimizar essa perda”, conclui a parlamentar.
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