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Moradores denunciam abandono em acesso à cidade alta de Olinda

Por: REDAÇÃO PORTAL
A rua Henrique Dias é inserida no perímetro tombado como Patrimônio Histórico da Humanidade e, segundo a denúncia, é esquecida pela prefeitura

Foto: Reprodução WhatsApp

12/08/2020
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Prédio histórico em ruínas. Praça sem equipamentos de lazer. Uso constante de drogas. Veículo abandonado em via pública. Poste de iluminação apagado.

 

O cenário de horror é vivido pelos moradores e transeuntes de uma das principais ruas do Sítio Histórico de Olinda, reconhecido pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade.

 

Moradores da rua Henrique Dias, que liga a Praça João Lapa à e rua 13 de Maio, reclamam que antes do carnaval, um veículo foi estacionado no início da via, para servir de ponto de venda de bebidas e nunca mais saiu do lugar.

 

A festa passou e o transtorno permaneceu. O carro foi depredado, teve bancos e vidros arrancados e até o dia de hoje (13), permanece abandonado, servindo de dormitório e apoio para o tráfico de drogas e furtos na área. Diz a denúncia.

 

Uma moradora disse residir a 40 anos no local e que nunca viu tanto descaso.

 

“Uma rua tão bonita. A gente chega tem a praça, tinha o cinema, tinha o cartório e ainda tem a Bica de São Pedro. Com o tempo tudo foi se acabando e a gente tem muita pena do que está acontecendo”. Disse a moradora, que preferiu não se identificar.

 

Ainda segundo essa mesma moradora, “a prefeitura até restaurou a bica. Ficou linda. Mas falta vigilância e tem dia que a gente acorda mais cedo e vê pessoas nuas tomando banho na bica. ”  

 

A moradora lamentou não poder ir mais fazer compras no comércio do Varadouro. “Lá em baixo (Praça João Lapa) tem tudo que a gente precisa. Antes eu descia a ladeira e ia às compras. Agora não tenho mais coragem. É muita gente usando droga. Aquele cinema abandonado, o poste apagado e esse bendito carro, que não sai dali. Tudo mete medo na gente” lamentou.

 

Procuramos saber se já havia reclamado à prefeitura, no que ela respondeu: “Muitas vezes. A gente tem dois grupos de zap onde discutimos os problemas. A Ciatur (Companhia Independente do Turista da Polícia Militar, responsável pelo policiamento na área) coitada, vira e mexe corre aqui. Tinha até um grupo da prefeitura, mas quem reclamava de qualquer coisa era excluído (risos) ” disse, se referindo a grupos formados por moradores no aplicativo WhatsApp.

 

A moradora fez questão de dizer que a coleta de lixo é regular. “A gente também não pode reclamar de tudo né? ”, finalizou soltando uma gargalhada.

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