Tarcísio Pereira e a antologia em sua homenagem

Foto: Divulgação
*por Sidney Nicéas
O céu de Tarcísio
é um livro com o paraíso
na capa
Sete anjos
Sete demônios
Sete, o livro
e eu ansiando vaga
Vive
enquanto eu apenas sonho
mestre
Nem toda letra é poesia
Nem toda vida é página
(O CÉU QUE EU PRECISO, Sidney Nicéas)
O poema acima, escrito em homenagem ao editor e livreiro Tarcísio Pereira, saudoso criador da Livro 7, faz parte da antologia Versos Azuis, organizada pela escritora Joseany de Oliveira, que trabalhou com Tarcísio e mantinha uma amizade com ele desde então. A obra publicada em formato e-book foi lançada em maio último e reuniu escritores e amigos do saudoso “Sr. Sete”; produções em verso e prosa escritas por gente interessada em deixar palavras de gratidão e adeus. A obra transita entre o talhar literário e a homenagem, tudo com um tom sincero de gratidão. E pode ser lida gratuitamente (clique no link no final da matéria).
Falecido por complicações decorrentes da COVID-19 em janeiro deste ano (leia aqui a homenagem do Tesão a ele), Tarcísio deixou uma legião de amigos e admiradores do seu trabalho literário. Não por menos aconteceu a ideia da obra por Joseany, que no prefácio conta uma história pessoal de dor que teve outro rumo devido à sempre generosidade e sensibilidade de Tarcísio. “Em 2017 publiquei com Tarcísio meu último livro editado por ele, O Vale da Esperança. Eu estava devastada por uma forte depressão que quase me levou ao suicídio. Foi com o apoio incondicional de Tarcísio, que patrocinou e editou a obra, que consegui me levantar da cama após um bom tempo e lançar o livro”, conta.
O depoimento de Joseany é tocante, mas não é exceção. Na live de lançamento do livro, que aconteceu no dia 23 de maio no perfil de Joseany no Instagram, não faltaram histórias que revelaram a grandeza do homenageado - aliás, no grupo do Facebook Amigos da Livro 7, os relatos são amplos e igualmente recheados da sua verve literária e inclusiva.
Partir e deixar um legado impactante na vida de tanta gente não é tarefa fácil, mas alguns conseguem, como o próprio Tarcísio. Assim, a antologia Versos Azuis cumpre com a missão de homenagear essa figura inesquecível da literatura brasileira (e não é nenhum exagero dizer isso), deixando o azul que costumava trajar como símbolo de uma conexão muito maior do que qualquer palavra que tente descrevê-lo. Amor é isso.
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