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Trabalhadores da Assistência Social do Recife realizam ato por vacinação

Por: REDAÇÃO PORTAL
A Associação dos Trabalhadores (as) da Assistência Social (ATAS), que representa os servidores da Prefeitura da Cidade do Recife, pede a inclusão dos profissionais que atuam na linha de frente , entre os prioritários para imunização

Foto: Reprodução Internet

30/03/2021
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A Associação dos Trabalhadores (as) da Assistência Social (ATAS), que representa os servidores da Prefeitura da Cidade do Recife, inicia, a partir das 8h30 da quarta-feira (31), em frente a Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco  (HEMOPE), ato em defesa da vida e pela vacinação da categoria. Fora do Plano Nacional de Vacinação, profissionais que atuam no enfrentamento à Covid-19 pedem inclusão dos trabalhadores no Plano Municipal de vacinação.

Para marcar o primeiro dia de ação dos trabalhadores ligados à Secretaria de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos do Recife (SDSJPDDH), o grupo fará uma doação voluntária de sangue, colocará arte-educadores e faixas de protesto no sinal. A ideia é mostrar para a sociedade que os profissionais são lembrados para trabalhar no enfrentamento à doença, mas são esquecidos na lista da imunização. Assim como para mostrar que as equipes estão adoecidas e já dividem vagas nos leitos de covid com a população em geral, ao invés de estarem somando esforços na luta contra o vírus.

Sem critérios de prioridades claramente estabelecidos pelo Ministério da Saúde, vários servidores que atuam diretamente no combate ao coronavírus, como dos serviços de assistência social, defesa civil, limpeza urbana e guarda municipal, todos considerados serviços essenciais. O Decreto Municipal no. 33.513/2020 obriga os servidores da Assistência Social do Recife a trabalharem no contexto da pandemia, mas não define vacinação para o grupo de aproximadamente 700 profissionais.

Segundo a SDSJPDDH, há um diálogo constante com a Secretaria de Saúde sobre a vacinação das equipes da Assistência, especialmente para os profissionais do Serviço Especializado da Abordagem Social (SEAS), Centros Pop e abrigo Irmã Dulce, que têm contato direto com grupos de risco. No entanto, a pasta responsável pela vacinação diz que não é possível fazer uma etapa do plano municipal desenhado para esse público, com as vacinas vindas do Ministério da Saúde, já que não corresponde ao Plano Nacional. Essa última alegação foi reforçada pela secretária de Saúde, em uma audiência com o Ministério Público nesta segunda-feira (29).

A Atas discorda dessa posição e acredita que os municípios têm autonomia para estabelecer suas prioridades no Plano Municipal de Vacinação, a exemplo da cidade de São Paulo que já vacinou os profissionais da Assistência Social. "No Recife, as escolhas pelos grupos prioritários virou uma questão política e não de necessidade. A secretária de Saúde diz que SP vacinou porque comprou vacinas por fora e por isso vacina quem quer, mas sabemos que em 01 de março, quando a categoria foi vacinada lá, apenas as vacinas do SUS estavam sendo disponibilizadas", diz o Educador Social da Coordenação de Assessoramento da ATAS, Fagner Valença.

Câmara Técnica

Na última semana, o vereador do Recife, Osmar Ricardo, aprovou por unanimidade requerimento apresentado em plenário da Câmara, solicitando à Secretaria de Saúde a criação de uma Câmara Técnica, com representantes da Casa e das entidades de classe, para discutir o cronograma de vacinação dos servidores municipais no Plano Municipal. O objetivo também é sanar as discrepâncias encontradas, inclusive, dentro da própria Secretaria de Saúde, onde profissionais como biomédicos, que lidam com as amostras dos exames ainda não foram vacinados, enquanto funcionários administrativos já estão imunizados.

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